outubro 24, 2014

Resenha: Onde a Lua Não Está - Nathan Filer

Nome da Obra: Onde a Lua Não Está
Nome Original: The Shock of the Fall
Autor: Nathan Filer
Editora: Rocco
Páginas: 271
Classificação: 
Onde comprar: Submarino | Ponto Frio | Extra | Americanas | Saraiva

Hey, galera!
Hoje o blog está completando um mês -yay- e para comemorar, venho trazer para vocês a resenha desse livro lindo, com uma diagramação linda, uma escrita linda, história linda, tudo lindo -menos a capa, a capa não é tão linda assim-.
Quanto à escrita de Nathan: esse cara é incrível! A escrita, a maneira como ele montou a história, ficou tudo muito amor. Às vezes ocorria de eu ficar um pouco perdida por ele ir e voltar do passado sem aviso, porém não é nada que torne a história impossível de entender, e após um tempinho você consegue se acostumar com isso. A maneira como ele conduz a história te prende até o final do livro, e o jeito como ele narra o livro torna tudo mais apaixonante ainda. Eu usei 12 marcadores nele, então dá pra ver que tem bastante passagens pra amar e amar.

"Vou te contar o que aconteceu porque será uma boa maneira de apresentar meu irmão. O nome dele é Simon. Acho que você vai gostar dele. Eu gosto de verdade. Mas, daqui a algumas páginas, ele estará morto. E ele nunca mais foi o mesmo depois disso." - Página 11


A diagramação desse livro é incrível. Em algumas páginas contém desenhos feitos pelo Matthew, letra diferente quando ele introduz cartas para alguém no meio da história, fonte de máquina de escrever quando ele ganha uma da Nanny Noo (sua vó) e escreve algumas passagens com ela, e quando a tinta da máquina está acabando A LETRA VAI FICANDO MAIS FRACA! <3 <3 <3 É pra morrer né?! Ainda existem alguma palavras soltas na página formando frases incríveis e tem ate uma mini árvore genealógica da família, e algumas palavras com seus significados espalhadas pelo livro.

"Ele falou muito baixo, como se tivesse medo de que a lembrança o ouvisse e fugisse dele." - Página 129


Quando Matthew tinha 9 anos, seu irmão mais velho, Simon, morre em um acidente. Simon era um garoto portador de síndrome de down, e isso influenciava a superproteção dos pais, e fazia com que Matt levasse a culpa de tudo que dava errado. Conforme os anos vão passando, Matthew desenvolve um transtorno, e vemos como aquele acidente, que descobrimos realmente o que houve no decorrer da narrativa, influencia sua mente.

"Mas existem diferentes versões da verdade. Se nos encontrarmos na rua, virarmos a cara e olharmos para trás, podemos parecer iguais, sentir o mesmo, pensar o mesmo, mas as partículas subatômicas, as menores partes de nós que fazem parte dos outros, terão ido embora correndo, substituídas em velocidades inacreditáveis. Seremos pessoas completamente diferentes. Tudo muda com o tempo.
A verdade muda." - Página 118

A parte em que as letras ficam mais fracas <3
Matthew nos envolve em sua vida e sua loucura conforme vai nos contando sua história. E atualmente, com 19 anos, vai nos revelando lembranças que ocorreram não só no dia da morte de Simon, como em sua vida. Eu gostei muito do Matt, por mais que muitas coisas sejam ilusões, ele consegue nos cativar com sua história. Ele sofre de uma doença mental, então passa a maior parte do tempo em um hospital, onde tem um computador e é aí que ele começa a escrever sobre suas memórias.

"Mas não importa o quanto eu reflita e diga a verdade, as pessoas não acreditam em nada do que eu falo." - Página 85


Os pais de Matthew, apesar de tentarem fazer seus papéis como mãe e como pai, não agradaram tanto, afinal de contas a história é contada pelo ponto de vista de Matt, que não teve lá as melhores relações entre pai e filho que poderiam ter.
O porquê do título conseguimos entender durante a história, e depois disso, nossa, você só consegue amar mais ainda esse livro. <3
Esperava um livro bom quando o comprei, e confesso que superou minhas expectativas. Entrou para a lista dos melhores de 2014 com toda a certeza. *o*

"-Bilhões de anos atrás, estrelas em explosão dispararam átomos pelo espaço e nós os reciclamos na Terra desde então. A não ser por um ocasional cometa, meteoro, alguma poeira estelar, usamos exatamente os mesmos átomos repetidas vezes desde que a Terra se formou. Nós os comemos, respiramos, somos feitos deles. Neste exato momento cada um de nós está trocando átomos com os outros, e não só com os outros seres humanos, mas com outros animais, árvores, fungos, mofos..." - Página 71


Espero que tenham gostado e que leiam esse livro o mais breve possível, porque é maravilhoso!
Beijos e até o próximo post! <3
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4 comentários:

  1. ótima resenha, gostei muito nunca tinha ouvido falar desse livro. bjus


    Blog http://cantinhodacarolll.blogspot.com.br/2014/10/cidades-de-papel-resenha-s2.html
    Página https://www.facebook.com/pages/Luxuoso-Estilo/175631289312048

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    1. Que bom que gostou, Ana!
      O livro não é tão conhecido assim, eu mesma só o encontrei porque reconheci a parte de trás do livro, que tinha visto a frase no tumblr e o peguei porque tinha a palavra "lua" no meio do título na lombada.
      O livro é muito bom, recomendo a leitura!
      Beijos

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  2. Este livro já estava na minha lista de leituras e sua resenha me convenceu a ler. Parece ser uma história bem emocionante, já gostei do Matthew. Parabéns pelo post, seu blog é lindo <3

    Beijo
    http://www.escritorade1viagem.blogspot.com.br/

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    1. Aww, obrigada, Elaine, que bom que gostou! Pode ler sim que você não vai se arrepender, a história é linda!
      Beijos!

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